quinta-feira, 7 de julho de 2011

Atividade 10° Olhando com os olhos do Rio

O Rio Sergipe

O Rio Sergipe enche meus olhos
Das águas da minha vida
O rio Sergipe é o mais lindo de todos que não vi
A cor desse rio é a cor do destino
De amar sempre
Esse rio menino
As garças luminosas amam o Rio Sergipe
Rio citadino
Banhando os bêbedos
Embalando imperadores
Águas tão gordas
Molham o dorso dos pescadores
Fazem promessas
Carregam andores
Rio que o céu inveja a cor
Berço do sol e da lua
Leito de amores
Eu sei
Eu vi
O nazareno todas as noites caminha
Por sobre as doces ondas do Rio Sergipe
Entra nos barquinhos
Pesca de jereré
Bate papo com João
Toma café com Maria
Depois espalha estrelas no espelho d’água.

Tânia Meneses
Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/1500927

Não podemos falar em espaço geográfico sem falar na intrínseca presença humana, e quando vemos textos como esse nos parece que a dicotomia sociedade/natureza se esvai. A autora nos mostra que o rio que é um sistema geográfico natural se associa perfeitamente com o imaginário social, o rio Sergipe, portanto é não só substrato natural para realizar a vida de quem mora em seu entorno e das espécies que nele habita, para realizar o trabalho no caso os pescadores e aqueles que navegam em seu leito, mas base do espaço vivido das pessoas, reduto de suas lembranças, do reconhecimento do indivíduo no espaço. Trago está poesia, pois acho de suma importância para entendermos a relação que o homem tem com o espaço, que vai além da Topofilia, que seria o amor ou empatia pelo espaço, mas penso que a poesia pode trabalhar como foi mencionado, aspectos que vão desde a nossa historia de vida, os momentos importantes que em nossa memória foram registrados, mas também como condição necessária para a realização da vida. Por está feita, é necessário que mantenhamos nosso rio, bem como que, através de recursos como esse seja trabalhado nossa relação cotidiana com a natureza, ressaltando sua importância, não só para mantermos o desenvolvimento da vida em nossa localidade (nossa riqueza ecológica), mas para a nossa cultura e memória social.

Olhando para o texto percebemos que claramente a vida subjetiva se articula com o rio, quando a autora fala que a cor do rio é a cor do destino, ou seja, do seu próprio devir. No restante do poema vamos observar o cotidiano das pessoas com o rio, dos pescadores, dos religiosos, das pessoas comuns, dos citadinos como a própria fala.

Para podermos vizualizar nosso estado e nosso rio trazemos algumas imagens tiradas da maquete elaborada por nosso Departamendo de Geografia da Universidade Federal de Sergipe:

















Atividade 9° Para pensar e Geografar

Olá galera da geo! Este vídeo aí é uma versão feita pelo cantor de Hip Hop chamado Criolo, da musica Calice de Chico Buarque, que fala um pouco do mundo das drogas e da violência urbana. Caso que ao nosso olhar geográfico não está dissociado das relações que constituímos em nossa sociedade, do mal estar no ambiente urbano, dos problemas de agravo da situação da pobreza, como diria o Rogerio Haesbaerte dos Territórios de Exclusão.